terça-feira, 1 de novembro de 2016

SEMELHANÇAS


Os recursos atuais científicos confirmam o que os cientistas comportamentalistas já enunciavam desde o início do século passado.

No Livro A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, escrito em 1872, Charles Darwin escreve e documenta através de desenhos e fotografias várias emoções e compara o homem a uma diversidade de espécies.

O que me surpreende é que uma obra surpreendentemente rica em informação foi redigida baseada unicamente na observação. Darwin não tinha conhecimentos de Genética, não conhecia os trabalhos e Mendel, muito menos o projeto Genoma.
Mas a despeito disso não pode ignorar, a similaridade entre o homem e diversas espécies, de não só de sentir emoções, mas de manifesta-las.

Hoje com recursos que temos como o Projeto Genoma, pode-se inclusive determinar genes responsáveis pela timidez, pela criatividade, depressão...A semelhança genética entre as espécies.
Através de exames de imagens como a ressonância magnética é possível ao vivo, observar qual a região do cérebro que entra em atividade diante de cada emoção ou estímulo.

Estas pesquisas tem demonstrado como somos semelhantes, como é complexo o cérebro de um golfinho, como é complexo o canto das baleias, e a comunicação com um todo dos cetáceos, como um cão pode memorizar mais de 1000 palavras, como chipanzés aprenderam linguagens de sinais e se comunicam com os cientistas inclusive formando frases.

Minha Cocker spaniel Mel, tem respostas que equiparam a uma criança de 3 a 4 anos, o que isso me diz? Como somos diferentes e ao mesmo tempo muito parecidos, como sem dúvida somos originados de uma mesma essência. Como a partícula de Divindade que está em cada um de nós também está em cada um destes animais.

Já estive diante da necessidade de responder esta difícil pergunta: - Será que meu Bichinho foi para o céu? Somos tão parecidos, eles são tão sensíveis e inteligentes?

A Bíblia diz no Gênesis que o homem é a coroa da criação e que Deus deu ao homem (só a ele), o poder de dar nome a toda à criação e de dominar sobre ela.

Entendo neste princípio que em primeiro lugar, só os pais dão nomes aos filhos, este termo dominar nada mais é que zelar cuidar, ser líder, se necessário dar a própria vida para proteger.

Esta foi à responsabilidade que nos foi designada, antes mesmo do Projeto Genoma. Mas no Apocalipse aquela criação perfeita em equilíbrio é descrita como caótica e em sofrimento.


O que então estamos fazendo com a nossa responsabilidade de zelar pela natureza? No momento em que o homem não enxerga na natureza o seu semelhante, ele não está condenando ao sofrimento e a morte uma espécie, mas no entrelaçado destas vidas, ele está ameaçando sua própria existência.

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