Assim como os humanos eles se deprimem quando estão isolados, adoecem ou ficam agressivos. Vejo constantemente cães com transtornos de comportamento devido há horas seguidas de isolamento e falta de atividade. Assim como qualquer outro produto nesta febre terrível de consumismo, os cães hoje estão incluídos entre os mais procurados, são adquiridos por centenas de motivos, mas assim como no casamento, raramente uma pessoa arruma um cãozinho para fazê-lo feliz, mas, para ser mais feliz!
Vejo cães que foram adquiridos por impulso, seus tutores humanos não consideraram quanto espaço físico eles precisariam, quanto iriam crescer quanto gastariam por ano em petshop, comida e assistência veterinária, e infelizmente quanto viveriam.
Na outra ponta da linha, encontro os malucos de carteirinha que limpam o bumbum do cachorro quando faz coco, põem pijaminha para dormir, banhos excessivamente freqüentes, alimentação incorreta e mimos sufocantes.
Foi encontrada na Suíça uma mandíbula de canídeos, junto a restos mortais de humanos, datados de 14 mil anos, pinturas rupestres datadas de 4.500 a.C. demonstram pela primeira vez a participação de cães em caçadas.
Alguns antropólos acreditam que inicialmente a aproximação foi por “simbiose”, o lobo selvagem, aproximava-se dos agrupamentos de humanos para aproveitar os restos de caça, os humanos por sua vez gozavam de sua “proteção ou alarme”, seletivamente os filhotes mais mansos aproximavam-se do homem.
Veja quão antigos são os laços que um dia uniram o homem ao cachorro. Uma relação antiga que hoje é cada vez mais valorizada pelo homem.
"Não me chame de cachorro... não mereço tão alto qualificativo... não sou tão fiel e nem tão leal... só sou um ser humano".
