GUARDIÕES

Outro dia destes navegando na internet, me deparei com esta expressão:
GUARDIÕES, não donos, proprietários, ou seja-la o que fosse,
mas GUARDIÕES.
Vejo nesta palavra: valores, responsabilidade e amor. Por esta razão chamei a está página de GUARDIÕES.
Vai aí a história de amor de alguns deles:



História do resgate da TIGRESA.


Há poucos dias, recebi uma emocionante história de resgate de um de nossos amiguinhos caninos, aproveito para compartilhar com vocês a emocionante história da TIGRESA, narrada por seus guardiões:

A Tigresa estava abandonada em um terreno baldio ao lado de uma escola em Itaquera, Zona Leste de São Paulo e minha irmã, passeando com a Natasha  (uma Husky temperamental)  encontrou-a muito magra e com a perna machucada e começou a levar comida e a tratar seu ferimento. Com o passar dos dias minha irmã percebeu que não era só ela que tratava da cachorrinha e até uma casinha colocaram no local, o qual havia muito lixo e era frequantado por drogados no período da noite. Passaram-se os dias e qual foi à surpresa; Tigresa ou Cecília (como era chamada pelas crianças) estava prenha.  Nasceram 9 filhotinhos, os quais ela tratou com uma imensa dedicação, chegou a esconde-los em uma saída de água do refeitório da escola para protegê-los não tendo idéia que poderia matá-los afogados. Deu um trabalhão, mas meu pai e um vizinho conseguiram tirá-los.  Não sei o que acontecia à noite no local, pois ela tornou a esconder sua prole no mesmo local e com isso não sabemos se levaram um dos filhotes ou ele morreu afogado.

Foi nesta época que conheci a Tigresa, fui ver os filhotinhos pois tinha a intenção de ficar com um deles, chegando lá me apaixonei por ela e ela por nós. Quando estavamos indo embora ela pulou em meu companheiro como se pedisse para voltar e cuidar dela e de seus filhos. Depois desse dia decidi que iria adotá-la. Minha irmã comprometeu-se a castrá-la mas quando estava preparando para levá-la uma vizinha avisou que já havia levado para fazer a cirurgia. Os filhotes foram adotados, alguns morreram, mas ainda hoje penso muito neles.

Quando a trouxe para casa ela ainda estava com os pontos da cirurgia, logo ela começou a ficar doente, defecava sangue e muitos vermes. Achei que iria perdê-la, mas estamos juntas até hoje. Minha mãe sempre diz que a Tigresa é a plebéia que virou rainha. Rainha eu não sei mas com certeza eu a considero minha filha.

Essa é a história da plebeia que virou rainha . 

HISTÓRIA DA SOLAIA - (Uma cadelinha de rua adotada)

Na primeira semana de julho de 2010, recebi o telefonema de uma cliente, guardiã de uma velha poodle - esta, já minha conhecida de longos anos. Pelo tom de voz desta senhora,senti sua forte carga de ansiedade.

Então ela passa a relatar o motivo de seu telefonema. Esta senhora conta que há alguns anos acompanha a construção de uma casa num condomínio em Barueri. Foi neste local que ela conheceu uma cadela que possuía apenas três pernas. Os dias foram passando. Cada vez que visitava a obra, ela levava comida para sua nova amiga.

Com o adiantamento das obras no condomínio, os outros proprietários pediram aos seguranças do local que entrassem em contato com o controle de zoonoses para que a cadela fosse recolhida.

O problema era que a casa não estava pronta para acolher "a nova moradora". Minha cliente me pedia que hospedasse a cadela por tempo indeterminado.
Saí imediatamente em busca da nova hóspede.

Confesso que me assustei com o tamanho dela, com a agilidade com que ela se locomovia, tendo três pernas.

      Estamos juntas há sete meses. E seguidamente fico pensando no dia em que ela partirá para sua nova casa,  já estou com saudades dela. Como aprendi com este animalzinho, mais do que, com os meus anos de terapia. Lições incríveis ficarão sobre o amor, a gratidão e a superação.

Às vezes me pego conversando e acariciando suas muitas cicatrizes sob o olhar de um vizinho, amiguinho meu, que exclama: " deve ter doído muito né, tia."

Nem imagino quanto, mas pelo seu ar de felicidade e no amor sereno que ela transmite, creio que ela já esqueceu as dores passadas.

Posso dizer, com certeza, que nós é que tivemos sorte em conhecê-la.

Filó e Naomi

Uma amiga nossa, também "cachorreira", vinha acompanhando uma ninhada de cachorros que estavam em um galpão de uma obra. Tratava-se da mãe e 8 ou nove filhotes. Eles eram cuidados pelos trabalhadores da obra, e nossa amiga passava por la regularmente para acompanhar os filhotes.

Um dia ela soube que a obra estava no final e o galpão seria desmontado e como consequencia os cachorrinhos ficariam desabrigados.

Nossa amiga não teve duvidas: recolheu todos os cachorrinhos (menos a mãe que fujiu - e posteriormente também foi adotada) em sua casa e começou a buscar pessoas para adoção.

Nessa empreitada e com dificuldades de cuidar de todos os cachorrinhos ela nos pediu para acomodar uma filhote enquanto continuava buscando adoção. Na ocasião não tínhamos planos de adoção, pois nossa cachorra mais velha (Nina), estava com problemas de saude e achávamos que não seria apropriado ter um filhote por perto, que talvez a perturbasse.  Mas.... logo apos a chegada da filhotinha, começamos a nos apaixonar pela mesma. Ela era muito calminha e docil, como tambem muito assustada e fragil.  La pelo segundo ou terceiro dia, decidimos! Vamos ficar com a filhote, que batizamos de Filomena (Filó).

Desde então a Filó so nos tem dado alegrias. Ela cresceu saudável e hoje é uma cachorra feliz e tambem nos traz muitas felicidades.

Mais recentemente adotamos tambem a Naomi, uma filhotinha que tinha sido recolhida das ruas pela Lena, da Pousada Tia Lena.

A Filó e a Naomi, se entendem muito bem e brincam o dia inteiro.

Estamos apaixonados pelas duas e continuamos recomendando adoção, que não só traz bem estar para os animais adotados, como tambem alegra a vida das familias que adotam.

Claudio e Enriqueta Viggiani

Na seqüência: Filó, Naomi e Juntas.