Os recursos atuais científicos confirmam o que os cientistas
comportamentalistas já enunciavam desde o início do século passado.
No Livro A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais,
escrito em 1872, Charles Darwin escreve e documenta através de desenhos e
fotografias várias emoções e compara o homem a uma diversidade de espécies.
O que me surpreende é que uma obra surpreendentemente rica
em informação foi redigida baseada unicamente na observação. Darwin não tinha
conhecimentos de Genética, não conhecia os trabalhos e Mendel, muito menos o
projeto Genoma.
Mas a despeito disso não pode ignorar, a similaridade entre
o homem e diversas espécies, de não só de sentir emoções, mas de manifesta-las.
Hoje com recursos que temos como o Projeto Genoma, pode-se
inclusive determinar genes responsáveis pela timidez, pela criatividade,
depressão...A semelhança genética entre as espécies.
Através de exames de imagens como a ressonância magnética é
possível ao vivo, observar qual a região do cérebro que entra em atividade
diante de cada emoção ou estímulo.
Estas pesquisas tem demonstrado como somos semelhantes, como
é complexo o cérebro de um golfinho, como é complexo o canto das baleias, e a
comunicação com um todo dos cetáceos, como um cão pode memorizar mais de 1000
palavras, como chipanzés aprenderam linguagens de sinais e se comunicam com os
cientistas inclusive formando frases.
Minha Cocker spaniel Mel, tem respostas que
equiparam a uma criança de 3 a 4 anos, o que isso me diz? Como somos diferentes
e ao mesmo tempo muito parecidos, como sem dúvida somos originados de uma mesma
essência. Como a partícula de Divindade que está em cada um de nós também está
em cada um destes animais.
Já estive diante da necessidade de responder esta difícil
pergunta: - Será que meu Bichinho foi para o céu? Somos tão parecidos, eles são
tão sensíveis e inteligentes?
A Bíblia diz no Gênesis que o homem é a coroa da criação e
que Deus deu ao homem (só a ele), o poder de dar nome a toda à criação e de
dominar sobre ela.
Entendo neste princípio que em primeiro lugar, só os pais
dão nomes aos filhos, este termo dominar nada mais é que zelar cuidar, ser
líder, se necessário dar a própria vida para proteger.
Esta foi à responsabilidade que nos foi designada, antes
mesmo do Projeto Genoma. Mas no Apocalipse aquela criação perfeita em
equilíbrio é descrita como caótica e em sofrimento.
O que então estamos fazendo com a nossa responsabilidade de
zelar pela natureza? No momento em que o homem não enxerga na natureza o seu
semelhante, ele não está condenando ao sofrimento e a morte uma espécie, mas no
entrelaçado destas vidas, ele está ameaçando sua própria existência.